RIO - Um turista que passeava pelo Mercado de Pulgas, em Nova Trento (SC), flagrou a venda de artefatos nazistas em uma loja no local. O caso ocorreu no último sábado e foi denunciado à Polícia Civil e ao Ministério Público de Santa Catarina.
Entre os objetos encontrados na loja estão um busto de Adolf Hitler e uma placa com o símbolo nazista, acompanhada da frase: “Eintritt Verboten”, que significa "Entrada Proibida", em tradução livre.
Assim que viu as "peças de decoração", o cliente ficou incomodado e questionou o vendedor. Em entrevista ao NSC, ele contou ter ido ao banheiro, passado uma água no rosto, tirado fotos e se retirado do local.
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O trabalhador da loja afirmou que está há um mês no local e sugeriu ao proprietário que retirasse os objetos, mas que o mesmo afirmou que 'a loja é dele e ele vende o que quiser' - disse o turista.
Em nota, o MPSC informou que a "Polícia Civil já está apurando o caso, e a 2ª Promotoria de Justiça de São João Batista está aguardando a conclusão do inquérito policial para avaliar as medidas cabíveis".
No último sábado, o GLOBO mostrou que o número de inquéritos abertos pela Polícia Federal para investigar casos de apologia ao nazismo disparou em 2020, na comparação com a série histórica da última década.
O número de inquéritos, nesse período, passou de 20, em 2018, para 69 em 2019, e chegou a 110 no ano passado, o que representa um crescimento de 59% e uma média de um inquérito aberto a cada três dias.
A legislação brasileira estabelece que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. O artigo aborda discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
O GLOBO
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